A Cerveja no Oriente
No texto anterior vimos a relação da cerveja com os egípcios. Saindo dessa região geográfica, vamos encontrar na China um país que, desde cedo, desenvolveu técnicas de preparação de bebidas do tipo da cerveja, obtidas a partir de grãos de cereais.
A “Samshu“, fabricada a partir dos grãos de arroz e a “Kin” já eram produzidas cerca de 2300 a.C. As técnicas utilizadas eram diferentes das dos povos mesopotâmicos e egípcios. Mas, é preciso ressaltar que o desenvolvimento da cerveja até à forma pela qual a conhecemos nos dias de hoje, deve-se mais a estes dois últimos povos do que à civilização chinesa. Foram os egípcios que ensinaram os gregos a produzir cerveja. Já no Japão, o milenar saké, uma cerveja de arroz, frequentemente confundida no Ocidente com uma bebida destilada, pode ser bebida quente ou fria, de acordo com o gosto e o contexto.
A cerveja realmente evoluiu durante o período grego e romano. Nos escritos de Sófocles (450 a.C.) existem recomendações sobre o consumo de cerveja, que era incluída em uma dieta considerava equilibrada. Outros autores gregos como Heródoto e Xenofontes também mencionaram o ato de beber cerveja nos seus escritos.
Já os gregos aprenderam a produzir cerveja com os egípcios, e ensinaram esta arte aos romanos. Em 500 a.C. e no período subsequente, gregos e romanos deram preferência ao vinho, a bebida dos deuses, tutelada por Baco. A cerveja passou então a ser a bebida das classes menos favorecidas, muito apreciada em regiões sob domínio romano, principalmente pelos germanos e gauleses.
Muitos romanos consideravam a bebida típica de povos bárbaros. Tácito, na sua descrição dos germanos, referiu-se a uma bebida “horrível”, fermentada de cevada ou trigo. Foi nessa época que as palavras cervisia ou cerevisia passaram a ser utilizadas pelos romanos, em homenagem a Ceres, deusa da agricultura e da fertilidade. Plínio foi um dos autores clássicos que escreveu sobre o assunto, descrevendo a evolução do processo de fabricação da cerveja e os hábitos dos povos celtas e germânicos da Bretanha e Europa Central.
Com informações do site Cervejas no Mundo