Babilônios, egípcios e a cerveja
Como já vimos, foi no período babilônico que as combinações de sabores e aromas da cerveja surgiram de forma mais intensa. Quase todas as cervejas que os babilônios produziam eram opacas e sem filtragem. Por isso, eles bebiam em uma espécie de palhinha (no caso dos reis, essa palhinha era de ouro), o que evitava que ingerissem o resíduo que se acumulava no fundo, e que seria bastante amargo.
No entanto, essa situação não impedia que a cerveja fosse bastante conceituada. Os babilônios, inclusive, exportavam grandes quantidades para o Egito. Os egípcios produziam cerveja desde os tempos ancestrais, e a bebida fazia parte da dieta diária de nobres e fellahs (camponeses), além de servir como remédio para certas doenças.
Um documento médico, datado de 1600 a.C. e descoberto nas escavações de um túmulo, descreve cerca de 700 prescrições médicas, das quais 100 contêm a palavra cerveja. A importância da bebida também é visível nos aspectos religiosos da cultura egípcia. Nos túmulos dos antepassados eram encontrados artefatos habituais como incenso, joias e comida, e também provisões de cerveja. E, em casos de calamidade ou desastre natural, os sacerdotes recebiam grandes quantidades de cerveja, como forma de apaziguar a ira dos deuses.
Com informações do site Cervejas no Mundo